SOCIEDADE
Mais que a vida afora,
sem tempo e sem rumo,
é a sociedade varrida,
sem direção e sem prumo.
A luz da noite apagada
na cidade deserta.
Na revolução clareia,
a sociedade desperta.
Manchada de sangue,
terror, corrupção.
Sociedade mesquinha.
O que será do cidadão?
O que os homens fazem com ela
é absurdo e banal.
Crianças, jovens e adultos
só pensam no material.
Uma sociedade doente
no hospício da loucura.
O que ela mesmo precisa:
é gratidão e ternura.
Sociedade depressiva,
de tanto medo, insegurança.
Faz das casas, presídios.
Onde está a esperança?
A sociedade respira
o ar da poluição.
Grita, geme e chora
a dor da opressão.
Diante das feiúras,
se pode ver nela beleza:
a alegria, a paz, o bem,
o amor à natureza.
Rogério Medrado
Poeta e escritor
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