DOIS POEMAS DO NATAL DE JOSELITO DOS REIS
LEMBRANÇAS DO NATAL
Olhando a foto do meu pai,
de olhos azuis
Distante... Ausência
provocada por Deus!
E dos meus irmãos, em
outras paragens...
Com os meus olhos cheios
de lágrimas
Sozinho, aqui neste quarto
vazio...
Querendo guardar minhas
magoas e afogar as tristezas!
Lembrei-me da minha infância;
do meu Natal!
Criança alegre a correr
nos campos
Ansiosa pelo presente de
Papai Noel...
A pedido do meu pai
Colocávamos nossos
“sapatinhos” na janela do quarto...
De manhã, decepcionados, os
sapatinhos estavam vazios...
O presente não estava
lá...
Enganou-nos... “os
presentinhos” estavam debaixo da cama!
Em cima das nossas
sandalinhas
Que alegria!...
Cedinho de um dia
especial!
No cantar do sabiá e dos
bem-te-vis
No pé de ingá...
Nascimento de Jesus a festejar!
Com meus irmãos
discutíamos
Qual o melhor presente...!
Todos iguais, só mudavam
de cor!
Carrinhos!
Camarguia: Azul, Amarelo e
vermelho
- Mesa farta “ceia de
natal!”...
Agora, neste mundo artificial.
De demagogia, ilusão,
fantasias e utopia!
Sinto que o maior presente
do meu pai
Ficou para sempre...
Aprendemos a ser dignos
Cidadãos honrados...
Pregando pelo mundo o
amor...
Que saudade da Missa do
Galo!
Das compra nas quermesses da igrejinha
E do algodão doce no
parque no circo
Da maçã do amor...
Hoje, como ofertar uma flor?...
25.12.2016
Necessidade
(Hoje e sempre)
Aquela criança
Sem pai, sem mãe...
Abandonada...
Sob a marquise
De uma grande cidade
Tornou-se “espirito!”...
Passou a meditar...
A refletir!
Sem pai, sem mãe...
Abandonada...
Sob a marquise
De uma grande cidade
Tornou-se “espirito!”...
Passou a meditar...
A refletir!
Vendo todos a passar
Sem ao menos olhar!
Ou a lhe observar...
Seu corpinho delicado
E frágil do abandono
E da fome...
Sem ao menos olhar!
Ou a lhe observar...
Seu corpinho delicado
E frágil do abandono
E da fome...
Sentiu como é cruel
A humanidade...
E a convite do SENHOR
Subiu aos céus...
A humanidade...
E a convite do SENHOR
Subiu aos céus...
Joselito dos Reis
25.12.2016
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