FEIRA DO LIVRO ENCERRADA COM MUITO SUCESSO NA CIDADE DE CACHOEIRA


 4º dia de Flica 2016 (Foto: Egi Santana/Flica)
Com o apoio do Governo do Estado aconteceu entre os dias 24 e 27 de outubro a Feira Literária Internacional de Cachoeira, a Flica, em sua 9ª edição e encerrada no recôncavo baiano, com muito sucesso.

Programação

Além de nomes expoentes da literatura nacional e internacional, o evento contou com a Fliquinha, programação voltada para o público infantil e, como novidade em 2019, a Geração Flica, atração que apresentou gratuitamente ao público autores que se destacam especialmente no universo jovem.

O governador Rui Costa participando da Flica, destacou a relevância e contribuição do evento para o cenário cultural do Estado. “A Flica é uma ‘semente do bem’, que fez com que nascessem várias festas literárias na Bahia. E é um sucesso, que vem dessa vez inovando, com uma linguagem que dialoga com a juventude. Eu espero que esta edição possa, mais uma vez, incentivar a participação dos nossos jovens da rede estadual”, disse.


A cerimônia de lançamento reuniu o coordenador geral da Flica, Emmanuel Mirdad, a curadora da festa, Kátia Borges, e a grande homenageada deste ano, a escritora soteropolitana Gláucia Lemos, que comemorou 40 anos de lançamento do seu primeiro livro publicado.

“Ser homenageada na Flica é um presente que torna ainda mais alegre esse meu aniversário na literatura, pois a Flica é um acontecimento cultural de um significado enorme, porque nós não temos muita oportunidade de mostrar o trabalho de literatura no nordeste”, afirmou Gláucia.

“Nesta edição o público vai encontrar, mais uma vez, diversidade de opções nas mesas de debates, todas inteiramente gratuitas. Pela primeira vez a gente vai ter a programação juvenil, graças também ao apoio do Governo da Bahia, que está com a gente desde a primeira edição. A gente fica muito feliz porque investir em cultura é investir no povo. Não só na geração de emprego e renda, como na valorização das pessoas, da cidade, do local”, comentou o coordenador geral da Flica, Emmanuel Mirdad.

A homenageada

A escritora Gláucia Maria de Lemos, nascida em Salvador, Bahia, é autora de vários títulos de literatura infanto-juvenil, como a coleção ‘Marujo Verde’, além de contos, ensaios, resenhas e romances, alguns dos quais premiados ‘O Riso da Raposa’, pela Academia de Letras da Bahia, em 1985, ‘A Metade da Maçã’, pela Secretaria de Cultura do Recife, em 1988, ‘As Chamas da Memória’ pela União Brasileira de Escritores - Rio de Janeiro, em 1990 e ‘Bichos de Conchas’, vencedor do II Prêmio de Literatura da UBE/Scortecci, em 2007. A maior parte da sua obra é publicada no estilo prosa, com exceção do livro de poesia infantil ‘O Cão Azul’.
A curadora

A Flica este ano trouxe temas contemporâneos nas mesas, sob curadoria de Kátia Borges, jornalista e poetisa. "De modo a apresentar ao público as diversas vertentes da arte literária do nosso século, a 9ª edição da Flica apostou na centralidade da palavra como força motriz de transformação, em um planeta que reinventa as suas fronteiras. É nesta perspectiva que o conceito curatorial da festa ancorou sua programação, com foco na história do país e na reconfiguração das relações humanas, e suas representações, em um universo de intenso trânsito entre conceitos, populações e identidades", explica a curadora.
Novidades nas mesas

Um dos assuntos mais requisitados pelo público da Flica, a poética urbana dos Quadrinhos também se fez presente, representada no trabalho dos cartunistas Marcelo D`Salete e Hugo Canuto. Na ocasião, eles falaram sobre os quadrinhos no século 21, como expressão e afirmação das culturas urbanas, em interação com as tradições, em um processo de ressignificação e de representatividade do povo negro.

A edição 2019 também destacou a Literatura de Cordel, outro tema sempre lembrado pelos "fliqueiros" e tema inédito na Flica. O Cordel, de modo pioneiro, foi contemplado com as presenças dos escritores Bráulio Bessa e Antônio Barreto, em uma mesa que rendeu homenagem, em seu título “Para cada canto que olho vejo um verso se bulindo”, aos versos do lendário Patativa do Assaré. 

Outras duas importantes mesas debateram sobre a poesia. A primeira delas traz as técnicas formais de criação poética, com a poeta portuguesa Maria do Rosário Pedreira e o baiano Antônio Brasileiro como debatedores. A segunda mostrou a força da poesia produzida pelos autores negros brasileiros, com a presença dos poetas e pensadores do movimento negro Lande Onawale e Jovina Souza, e a mediação da poeta Livia Natália, uma das mais importantes do país na contemporaneidade.

O público pode conferir ainda o trabalho de formação realizado no Recôncavo pela Irmandade da Palavra, além das batalhas poéticas promovidas pelo Slam das Minas, que proporcionou um encontro inédito no encerramento da festa. 

De Itabuna
De Itabuna, participou do evento o poeta e escritor Edizio de Souza, que é sócio do Clube do Poeta Sul da Bahia. Já tem cinco livros lançados, a maioria deles, literatura voltada para a criança.  

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