Clube das Histórias

Abrir as portas ao sonho e à reflexão

Ex.mos Senhores,

A equipa responsável por Clube das Histórias: Abrir as portas ao sonho e à reflexão é composta por um grupo de pessoas dedicadas a promover o prazer de ler histórias e tem vindo, desde há alguns anos, a trabalhar em conjunto com escolas, bibliotecas e outras instituições, com a finalidade de incentivar o gosto pela leitura junto de pessoas de diferentes faixas etárias.

Tomámos também a decisão de alargar o público alvo e de dar a conhecer o nosso acervo de textos, via email e numa base semanal, a todos os que estiverem interessados em recebê-los. A iniciativa Clube das Histórias: Abrir as portas ao sonho e à reflexão tem vindo a difundir-se de uma forma significativa não só em Portugal mas também no Brasil e nos Países Africanos de língua portuguesa. 

Clube das Histórias visa promover a literacia, através da leitura de pequenos textos capazes de permitir uma reflexão sobre princípios fundamentais da sociedade de hoje, e de transmitir valores como a solidariedade, a justiça, a generosidade e a tolerância, entre muitos outros.

Esta iniciativa consiste no envio por email de duas histórias semanais em formato pdf de forma totalmente gratuita. As histórias enviadas destinam-se, uma, a um público infantil; outra, a adolescentes e adultos

 

Se tiver interesse em aderir a este projeto, cujo convite receberá apenas durante duas semanas, deverá inscrever-se seguindo as instruções abaixo. A inscrição é totalmente gratuita e pode cancelá-la quando desejar. Asseguramos-lhe ainda que o seu endereço de email permanecerá estritamente confidencial.

Se pretender continuar a receber as histórias semanais, copie no campo do assunto:

“Sim, estou interessado(a) em participar no projeto: Clube das Histórias - Abrir as portas ao sonho e à reflexão (Portugal)"

“Sim, estou interessado(a) em participar no projeto: Clube das Histórias - Abrir as portas ao sonho e à reflexão (Brasil)"

 

Se nada disser, deixará de receber este convite ao fim de duas semanas.

 

Gerimos projetos semelhantes em alemão, espanhol, francês e inglês. Se desejar receber também histórias em alguma destas línguas, pode responder a este email indicando a(s) sua(s) escolha(s):

 

- Alemão - Mit Geschichten groß werden

- Espanhol - Cuentos para crecer

- Francês - Histoires à faire rêver

- Inglês - Joy of Reading

 

Com a convicção de que esta iniciativa irá merecer o interesse dos nossos leitores, agradecemos desde já a atenção dispensada.

  

A Equipa Coordenadora de Clube das Histórias

acb@clubedashistorias.com

 

 

A ponte

(texto em português do Brasil)

 

Max e Pedro eram alunos do terceiro ano. Moravam em frente um do outro, na mesma rua de uma pequena cidade. Haviam sido grandes amigos, mas, por um motivo qualquer, haviam discutido e passaram a não gostar um do outro.

Quando Max saía da porta do pátio, gritava para o outro lado da rua:

— Idiota! — E mostrava o punho ao ex-amigo.

Pedro respondia:

— E você é um retardado! — E o ameaçava também com o punho.

Os colegas da turma haviam já tentado reconciliá-los por várias vezes, mas todos os esforços haviam sido vãos. Eram os dois muito teimosos! Da última vez, acabaram atirando bolas de lama um ao outro.

Um dia, havia chovido muito. Depois, as nuvens se afastaram e o sol voltou a brilhar, mas a rua ficara inundada. Quem queria atravessar tentava, a medo, medir a profundidade da água com a ponta do pé, e recuava.

Max saiu de casa, parou na frente do pátio e olhou satisfeito à sua volta. Tudo fresco e lavado pela chuva. Como brilhava agora ao sol! De repente, seu rosto se tornou sombrio. Do outro lado da rua, Pedro estava parado à porta de casa. E Max reparou que ele tinha na mão uma grande pedra. “Ah!”, pensou Max. “Pedro vai me atirar uma pedra! Já vai ver!”

Correu novamente em direção ao pátio, procurou um tijolo e voltou para a rua, pronto para se defender. Mas Pedro não lhe atirou a pedra. Se baixou na beira da calçada e a pousou na água com cuidado. Depois, experimentou com o pé para ver se oscilava, e desapareceu.

A pedra ficou parecendo uma pequena ilha.

“Ah!”, pensou Max. “Isso eu também sei fazer!”

E pôs seu tijolo na água.

Pedro voltou a aparecer, carregando uma segunda pedra. Pôs o pé com cuidado em cima da primeira e colocou a segunda pedra na água, alinhada com o tijolo de seu inimigo. Max trouxe então três tijolos de uma só vez.

E assim foram construindo uma passagem sobre a água.

Dos dois lados da rua, as pessoas os observavam e esperavam.

Por fim, ficou apenas a distância de um passo entre o último tijolo e a última pedra.

Max e Pedro estavam em frente um do outro. Era a primeira vez, desde há muito tempo, que se olhavam novamente nos olhos.

— Tenho uma tartaruga no meu pátio — diz Max. — Quer vir ver?

 

Jutta Oettli

_____________________________________

 

Jaime pensa no que quer ser

 

Jaime pensa no que pode ser quando for grande.

— Talvez carpinteiro — diz. — Lixar bem as arestas para que ninguém se magoe.

— Por exemplo… — diz Catarina.

— Talvez condutor de autocarro — diz Jaime. — Alguém que sabe para onde deve ir.

— É possível — concorda Catarina.

— Talvez palhaço — continua Jaime — com uns sapatos enormes, para fazer rir as pessoas.

— Também — responde Catarina. — Podes ser muitas coisas, quem sabe? Mas é importante que sejas alguém que escute com atenção. Alguém que saiba guardar um segredo. Que não seja trocista. Que queira ajudar os outros. Alguém de quem se goste… Se fores assim, podes escolher qualquer profissão.

— Tens razão — diz Jaime.

Lene Mayer-Skumanz


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

A verdadeira história do bairro São Caetano

BAIRRO DE FERRADAS COMPLETA 200 ANOS DE EXISTÊNCIA