Grandes Escritores da Literatura Brasileira

Grandes Escritores da Literatura Brasileira
Machado de Assis

Joaquim Maria Machado de Assis (Rio de Janeiro, 21 de junho de 1839 — Rio de Janeiro, 29 de setembro de 1908). Foi um escritor brasileiro, considerado um dos mais importantes nomes da literatura desse país e identificado, pelo crítico Harold Bloom, como o maior escritor negro de todos os tempos.
De sua vasta obra, que inclui ainda poesias, peças de teatro e crítica literária, destacam-se o romance e o conto. É considerado um dos criadores da crônica no país, além de ser importante tradutor, vertendo para o português obras como Os Trabalhadores do Mar, de Victor Hugo e o poema O Corvo, de Edgar Allan Poe. Foi também um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras.

Livros e flores
Teus olhos são meus livros.
Que livro há aí melhor,
Em que melhor se leia
A página do amor?

Flores me são teus lábios.
Onde há mais bela flor,
Em que melhor se beba
O bálsamo do amor?
Machado de Assis

Olavo Bilac
O poeta parnasiano Olavo Brás Martins dos Guimarães Bilac, nasceu no dia 16 de Janeiro de 1865, no Rio de Janeiro. Estudou Medicina e Direito, mas não concluiu nenhum dos dois cursos. Foi jornalista, funcionário público e inspetor escolar. Olavo Bilac foi um autêntico profissional das letras. Além de poemas líricos, escreveu crônicas, livros didáticos, textos publicitários, traduziu e escreveu versos infantis, organizou antologias escolares e deixou fama como autor humorístico. Sob o disfarce de mais de cinqüenta pseudônimos, colaborou intensamente na imprensa da época, com textos que fizeram rir ou esbravejar muita gente... Bilac fez campanhas pelo serviço militar obrigatório, pela cultura física, pela instrução primária e outras campanhas cívicas. Foi um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras, na cadeira 15, cujo patrono é Gonçalves Dias e é autor da letra do Hino à Bandeira e foi eleito “Príncipe dos poetas brasileiros” por seus contemporâneos. Foi um dos poetas mais combatidos pelos modernistas. Além de parnasiano, sua obra apresenta tonalidades românticas. Sua poesia amorosa e sensual expressa-se em versos vibrantes, plenos de emoção. Em sua última fase, Olavo Bilac revela-se mais interiorizado, questionando o sentido da vida e do mundo. No livro Alma inquieta, surgem poemas em que predomina o tom meditativo e melancólico, que será a tônica de seu último livro, Tarde, no qual é constante a preocupação com a morte e o sentido da vida. Ficou noivo de Amélia, irmã de Alberto de Oliveira, mas por imposição da família de Amélia, foi obrigado a romper o noivado e ficou solteiro até o fim da vida. Morreu aos 53 anos, no Rio de Janeiro, em 28 de dezembro de 1918.

Remorso

Às vezes, uma dor me desespera...
Nestas ânsias e dúvidas em que ando.
Cismo e padeço, neste outono, quando
Calculo o que perdi na primavera.

Versos e amores sufoquei calando,
Sem os gozar numa explosão sincera...
Ah! Mais cem vidas! com que ardor quisera
Mais viver, mais penar e amar cantando!

Sinto o que desperdicei na juventude;
Choro, neste começo de velhice,
Mártir da hipocrisia ou da virtude,

Os beijos que não tive por tolice,
Por timidez o que sofrer não pude,
E por pudor os versos que não disse!
Olavo Bilac

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