HOJE É O DIA DA POESIA! ITABUNA PASSA EM BRANCO

Castro Alves
Como sempre, o Dia da Poesia; a Mãe de todas as artes. Data, esta, dedicada ao nascimento do poeta baiano Castra Alves, filho da Fazenda Cabaceiras, Recôncavo da Bahia e, que nasceu em 14 de Março, passou em branco.

O dia era sempre lembrado pelo Clube do Poeta Sul da Bahia, que ministrava recitais de poesias nas escolas de Itabuna, mas não sabemos porquê, este ano, os poetas não foram para as escolas e as praças de Itabuna. Por falta de apoio da FICC, não foi porque o Clube do Poeta, sempre administrou “os recitais” sem apoio deste município, mesmo tendo  o reconhecimento de “Utilidade Pública Municipal” e completando 25 anos de existência.

Com o Clube do Poeta Sul da Bahia, a poesia grapiúna, tornou-se mais divulgada e mais sólida, pois a entidade conseguiu desengavetar vários poetas que lançaram seus livros.

O Dia da Poesia não poderia passar em branco, pois a poesia é o colorido, o perfume do encanto das letras de um idioma, através da sensibilidade dos poetas, exalando no mundo, o bem-estar de um povo! Narrando a história em verso,  dentro de uma época de magia e luta de uma nação, sem limites.   

Dia da Poesia!

Provocado pela dor
Da tristeza
Da individualidade humana
Num mundo do tudo...!
Do nada! Do vazio!...

Senti a solidão afrontar
A minha alma querida e ferida
Deixando um gosto de lágrimas ardidas
Em meu paladar amargo
Irreverência da tua cruel insensatez

Carga do ego deste ser poeta...
Defendendo a poesia!
Para uns, utopia, fantasia...
Para outros, sensibilidade, sabedoria.
De decantar o amor.

Neste mundo heterogêneo, tirano...
Mesmo assim as letras, vírgulas, pontos e tremas.
Ainda se transformam em nomes e em versos
Formando poemas...
Dentro deste dilema dos fonemas...
Contando com tua ira capitalista!
Viva!
Hoje é o dia da poesia!

Joselito dos Reis
14.03.2015




Biografia de Castro Alves
Castro Alves (1847-1871) foi um poeta brasileiro. O último grande poeta da terceira geração romântica no Brasil. Expressou em suas poesias a indignação aos graves problemas sociais de seu tempo. Denunciou a crueldade da escravidão e clamou pela liberdade, dando ao romantismo um sentido social e revolucionário que o aproxima do realismo. Foi também o poeta do amor, sua poesia amorosa descreve a beleza e a sedução do corpo da mulher. É patrono da cadeira nº7 da Academia Brasileira de Letras.

Castro Alves (1847-1871) nasceu no município de Muritiba, Bahia, em 14 de março de 1847. Filho do médico Antônio José Alves, e também professor da Faculdade de Medicina de Salvador, e de Clélia Brasília da Silva Castro.

No ano de 1853, vai com sua família morar em Salvador. Estudou no colégio de Abílio César Borges, onde foi colega de Rui Barbosa, Demonstrou vocação apaixonada e precoce pela poesia. Em 1859 perde sua mãe. Em 24 de janeiro de 1862 seu pai casa com Maria Rosário Guimarães e nesse mesmo ano foi morar no Recife. A capital pernambucana efervescia com os ideais abolicionistas e republicanos e Castro Alves recebe influências do líder estudantil Tobias Barreto.

Castro Alves publica em 1863, seu primeiro poema contra a escravidão "A Primavera", nesse mesmo ano conhece a atriz portuguesa Eugênia Câmara que se apresentava no Teatro Santa Isabel no Recife. Em 1864 ingressa na Faculdade de Direito do Recife, onde participou ativamente da vida estudantil e literária, mas volta para a Bahia no mesmo ano e só retorna ao Recife em 1865, na companhia de Fagundes Varela, seu grande amigo.

Castro Alves inicia em 1866, um intenso caso de amor com Eugênia Câmara, dez anos mais velha que ele, e em 1867 partem para a Bahia, onde ela iria representar um drama em prosa, escrito por ele "O Gonzaga ou a Revolução de Minas". Em seguida Castro Alves parte para o Rio de Janeiro onde conhece Machado de Assis, que o ajuda a ingressar nos meios literários. Vai para São Paulo e ingressa no terceiro ano da Faculdade de Direito do Largo do São Francisco.

Em 1868 rompe com Eugênia. De férias, numa caçada nos bosques da Lapa fere o pé esquerdo, com um tiro de espingarda, resultando na amputação do pé. Em 1870 volta para Salvador onde publica "Espumas Flutuantes".
Antônio Frederico de Castro Alves morreu em Salvador no dia 6 de julho de 1871, vitimado pela tuberculose.

Poesias de Castro Alves

A Canção do Africano
A Cachoeira de Paulo Afonso
Adormecida
Amar e Ser Amado
Amemos! Dama Negra
As Duas Flores
Espumas Flutuantes
Hinos do Equador
Minhas Saudades
O "Adeus" de Teresa
O Coração
O Laço de Fita
O Navio Negreiro
Ode ao Dois de Julho
Os Anjos da Meia Noite
Vozes da África

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