POESIA E ARTIGO DE ANTONIO NUNES
Saudade
do meu rio!
Antonio Nunes de
Souza*
Meu rio
que nadei quando criança
Hoje não
tenho mais esperança
De vê-lo
caudaloso e bonito.
Quando
vejo sua transformação
Dói
bastante o meu coração
Deixando-me
triste e aflito!
Tive
momentos de felicidade
Agora só
ficou a saudade
E uma
tristeza sem igual
Por que
será que os governantes
Não se
preocupam como antes
Acham o
desprezo natural?
Vejo isso
em outras cidades
Umas
tristes calamidades
Pelas
faltas de cuidados gerais
Será que
essa destruição humana
Com
atitude desprezível e insana
Achem
essas coisas normais?
Lembrar
da sua caudalosa pujança
Por não
ter mais esperança
Jamais
perdoarei essa maldade
Só me
resta chorar de tristeza
Com a
lembrança de sua beleza
E morrer
com muita saudade!
Carnaval
está chegando!
Antonio Nunes de Souza*
Estamos,
praticamente, principalmente na Bahia, já começando a comemorar a maior festa
de rua do mundo e, com certeza, a mais animada, com cantos, batuques, novos e
misturados ritmos, músicas que nada dizem, com letras de qualidades duvidosas,
mas, mesmo assim, deixa o povo pouco exigente, muito feliz e satisfeito!
Podemos,
como a juventude liberal se expressa com a maior naturalidade, sem considerar
os pudicos tolos, que é “uma puta festa, ou “uma festa filha da puta!” Essas
denominações nomeiam e rotulam com veemência, nosso querido e festivo carnaval,
esperado por todos durante o ano, excetuando os baianos que, pelas suas
influências da maravilhosa e linda etnia negra aqui instalada, com seus
hábitos, costumes e iguarias, nos faz felizes e com a deliciosa miscigenação,
enche nosso país com lindas e lindos mulatos, genuinamente, brasileiros! Os
baianos quando nascem, não usam batas, usam “abadás”!
Essa
é festa que, pela sua beleza desperta a curiosidade mundial, canalizando
milhões de turistas para os Estados, para acreditarem que um povo dito sofrido,
cheio de necessidades nos seus básicos problemas, esqueça tudo e, sem
pestanejar, cai nos sambas, frevos, marchas e uma infinidades de ritmos,
rebolando a bunda, se esfregando e ampliando a demografia em qualquer espaço,
até dentro dos acatados blocos. As necessidades fisiológicas nos cantos das
paredes ou atrás dos carros faz parte do nosso folclore e liberdade de mijar e
cagar para o mundo durante a semana momesca!
Se
você não está preparado, faz parte dos “caretas” que acha trata-se de uma festa
demoníaca, trate logo de ir para seus sítios, fazendas, retiros espirituais,
etc., pois, na verdade, o coro já está comendo solto, tanto no Pelourinho, como
na maioria dos bairros!
Viva
o Brasil que, mesmo com os maiores problemas políticos de corrupção, dá um
“tempo” de maior importância para dançar e cantar! Imagino que não existe em
nenhum lugar do mundo, mas, gradativamente, estamos exportando esse “modus
vivendi” sem cobrar franquia, pois, seguramente, é um grande remédio para
estresse e depressão!
*Escritor
– Membro da Academia Grapiúna de Letras – AGRAL – antoniodaagral26@hotmail.com
Comentários
Postar um comentário