DOIS ARTIGOS DE ANTONIO NUNES

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Observando o sexo!
Antonio Nunes de Souza*

Depois que você já viveu várias e várias dezenas de anos, estando mais perto dos cem do que dos cinquenta, passa a ser mais um observador que praticante dos malabaríssimos e encontros sexuais que, graças a Deus, jamais foram desperdiçados!

Antes dos adventos da televisão, logo em seguida com transmissões simultâneas para várias partes do país, logo depois o lançamento da “danada” a cores, os telefones automáticos, e em continuidade os tijolos celulares sem fio, as pessoas, principalmente os mais jovens, passaram a ter, como suas grandes paixões, essas milagrosas máquinas que o tal progresso continuava a nos agraciar!

Como no meu tempo de menino nada disso existia, me comunicava quase a base de fumaça das fogueiras, ou tambores como os índios, esse era meu celular, meu rádio só pegava ondas médias, assim mesmo dando uma torrente filha da puta de ruídos, assovios e descargas. E minha televisão favorita era olhar as meninas no sanitário da escola, através de uma greta na parede de compensado e, sem o menor pudor ou vergonha, bater minhas deliciosas punhetas nada pecaminosas!

Pode parecer saudosismo, coisas da idade, velhice, etc., mas, sinceramente, era muito mais divertido, que ficar feito uns débeis mentais com uns celulares de ultimas gerações, dedilhando o dia inteiro uma série de bobagens, idiotices, papos supérfluos, etc., inclusive, chegando ao absurdo de esquecer as velhas e maravilhosas esfregações as escondidas, com algumas trocas de caricias que levavam ao gozo!
Se isso é ser antigo ou careta, sinceramente, prefiro essa titulação que, paranoico por joguinhos e Zaps nas maquininhas alucinantes!

Com essas parafernálias que são impostas no mercado, a aceitação em massa da juventude, esta, sinceramente, mais se preocupam hoje em rebolar nos shows, beber, consumir drogas (leves e pesadas), dando margem das mulheres procurarem homens mais velhos para que lhe ofereçam, não só presentes, como um sexo mais agradável, experiente e proveitoso!

Estão todos transando menos e voltados para as inovações que, se duvidar, com as invenções futuras, essa meninada se esqueça do nosso maravilhoso “choquinho milagroso”, trocando-o por sensações virtuais. Olhando de grosso modo, pode parecer que a coisa é diferente, mas o que existe na verdade é muito mais depravação do que um sexo que deixe recordação!

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O GAY...RANHÃO!
Antonio Nunes de Souza*

Quando pensamos que já vimos tudo, que a vida em nada mais é capaz de nos surpreender, sempre surgem fatos inusitados e interessantes que, a grande maioria das pessoas, não atentam, ou percebem, coisas, atos e ações acontecendo as escondidas dentro da nossa sociedade, dita pudica e repressora, mas cheia de comportamentos entre quatro paredes que, sinceramente, colocariam os pobres incautos puros e inocentes de queixos caídos!

Para, simplesmente, dar uma conotação mais forte que a astúcia de Luiz Gustavo, vou contar a sua história desde o tempo de rapazinho, quando, sem eira nem beira, tentava a sorte de várias maneiras, porém sempre forçando a barra e conseguindo frequentar os bons ambientes.

Bonito e bem falante, tornou-se um jovem educado, sabendo entrar e sair em qualquer lugar, sempre deixando sua presença como marcante. Então, como essas habilidades foram sendo apreciadas, conseguiu um convite de um modesto jornal, para que, nos eventos, anotasse os detalhes acontecidos e passasse para o jornalista da área social.

Com essa oportunidade, passou ele a ser mais notado e convidado, pois, como sabemos todos, as dondocas só faltam lamber os pés dessas pessoas, principalmente as emergentes, no sentido de ter uma notinha de duas linhas nas colunas. Por uma foto, são capazes de dar o chicote. Luiz Gustavo, já meio cercado por madames jovens, coroas e moças, começou a ter e usar trejeitos “aviadados e femininos”, já que elas adoram tais tipos que são responsáveis por essa vertente!

Sabido, comprou uma máquina fotográfica e, com esse instrumento ultra importante para imortalizar as “mobílias de eventos”, passou a clicar todos aqueles merecedores e que podiam dar retorno. A essa altura já era o “amorzinho da soçaite”, paparicado por toda roda feminina, principalmente.

Já com sua fama e ampliação de conhecimentos, o jornal lhe deu uma página, para que nela fossem expressas, as fervorosas e tolas dondocas, onde ele, sabidamente, fazia listas das mais elegantes, mais chiques, as mais alegres, sempre sendo mais em alguma coisa para encher o ego dessas pessoas vazias!

E, como disse S. Francisco em sua oração: É DANDO QUE SE RECEBE!”, começou a acontecer. Como pelos seus trejeitos e roupas esvoaçantes, sua fama de gay já era vasta e comum em toda comunidade. E ele, cheio de treta, segurava essa barra, se beneficiando de bons presentes, patrocínios dos maridos e, nas escondidas transava direitinho com a turma esvoaçante da sua coluna social, já super conhecida e causando invejas em quem não saía despontando com alguns elogios!

Parece um exagero, mas, com uns cinco anos ele já havia comido as mais elegantes, as que melhor sabiam receber, as que mais se destacavam nos turismos internacionais, até algumas de meia idade que já foram bonitas e hoje são apenas promotoras de “Chá de torta”.

Fui ao seu enterro, onde podia-se ver dezenas de madames chorando, toda sociedade prestigiando. Entre os homens, principalmente os machões, o comentário era dizendo: Luiz Gustavo era viado, mas foi uma cara legal para nossas mulheres e nossa sociedade. Já pela ala feminina o pensamento era bem diferente: Perdemos não só o nosso maior promotor social, como também um grande e gostoso amante sem que ninguém percebesse!

Luiz Gustavo foi um verdadeiro GAY...RANHÃO!

*Escritor-Membro da Academia Grapiúna de Letras-AGRAL-antoniodaagral26@hotmail.com-antoniomanteiga.blogspot.com




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