CLOVISNALDO FALA DE AÇÕES PARA O CLUBE DO PEOTA SUL DA BAHIA
(A simpatia da poetisa Glõria Brandão em sua posse)
Coração de pétolas de rosas de autoria de Glória Brandão |
O poeta, ator, compositor e técnico em edificações Clovisnaldo
Argôlo assumiu no último fim de semana (27), a direção do Clube do Poeta Sul da
Bahia em substituição ao também poeta e acadêmico, Adeildo Marques.
Em seu discurso na solenidade de posse com a presença de autoridades
de diversos segmentos da nossa cultura, no Centro de Cultura Adonias Filho, o
novo presidente disse que tem como principal meta a construção da sede própria da
entidade.
Outras ações serão desenvolvidas visando a arrecadação de
fundos para o Clube. Para isso ele pede a compreensão e colaboração dos sócios,
no sentido de quitarem suas dívidas, as quais sofrerão abatimentos e descontos.
Justifica, o poeta Clovisnaldo que esta ação independe do novo valor da
mensalidade que é de R$25,00, mensal, para investimentos em campanhas culturais nas
escolas e nas praças públicas, assim como, na editoração de livros e cordéis dos sócios
da entidade e dos estudantes, através de concurso.
COMPOSIÇÃO DA NOVA DIRETORIA DO CLUBE
DO POETA SUL DA BAHIA
Presidente- Clovisnaldo Argolo
Vice-Presidenete- Antonio Oliveira
1ª Secretária- Eglê Santos Machado
Tesoureiro- Walmir do Carmo
Diretora de Eventos- Glória Brandão
Diretor de Comunicação- Juarez Vicente de Carvalho
Conselho Fiscal- Adeildo Marques, Divaldo Melo,
Joselito dos Reis
Agradecimentos
Quero de público agradecer ao empenho dos poetas que trabalharam para que o evento tivesse o sucesso que teve,
e, em especial, a poetisa Glória Brandão pelo seu brilhante trabalho frente a
diretoria de eventos, que abraçou a causa e fez valer todos o empenho do brilhantismo
da festa de posse do Clube do Poeta Sul
da Bahia.
Quero também destacar o seu trabalho ao longo do tempo frente
a cultura e a literatura regional e a sua participação efetiva no Clube do Poeta, tendo assim, em todos os
eventos a sua marca registrada com muito carinho e amor. A nossa querida Glória
Brandão que é uma incansável defensora da poesia, inclusive, já lançando três
livros maravilhosos recentemente que ainda está sob mira e olhos daqueles amam
a poesia, os nossos reconhecimentos pelo mérito:
Abstrato
O tempo é o senhor da razão
Deixe que ele se encarregue de tudo...
A lógica é o tempo de agora
O tempo de manhã ah!
Este é uma incógnita
Leia-se na própria frase
Mire-se na própria face
Espelhe-se na própria Iris
Contemple a tudo diante dos teus olhos
Enxergue com os olhos de dentro
E verás que o absoluto concreta-se, no abstrato.
E o melhor mesmo, é tentar ser, um ser comum
E do dia a dia o camaleão de cores, amores, ardores, dissabores...
Sem fim...
Clovisnaldo Argôlo.
Contato para recital de poesia e teatro: 73 8824-5285, 8853-5652, 8846-0505 e 8109-1028
POETA TELMO PADILHA PERSONA QUE MUITO CONTRIBUIU PARA A FUNDAÇÃO DO CLUBE DO POETA SUL DA BAHIA
TELMO
PADILHA
(1930-1997)
nasceu em Itabuna, a 5 de maio de 1930. Foi jornalista e Membro da
Academia de Letras de Ilhéus, por indicação de Adonias Filho. Publicou os
seguintes livros: "Girassol do Espanto"(1956);
"Ementário"(1974); "Onde tombam os pássaros"(1974);
"Pássaro da Noite" (1977); "Canto Rouco"(1977); "O
Rio"(1977); "Vôo Absoluto" (1977); "Poesia
Encontrada"(1978); "Travessia"(1979); "Punhal no
Escuro"(1980) e "Noite contra Noite" (1980), todos no melhor
gênero da poesia. Muitas obras de sua autoria foram traduzidas para o italiano,
o espanhol, o inglês, o francês, o alemão e o japonês.
Destacou-se como poeta no cenário nacional e foi agraciado com muitos prêmios como "Melhores Livros", da Câmara municipal de Itabuna (1956); "1º Concurso de Poesia - A Tarde"; "Prêmio Nacional de Poesia do Instituto Nacional do Livro" (1975); Prêmio do Concurso Internacional de Poesia San Rocco, Itália (1976); 1º Prêmio do Concurso de Poesia Firmino Rocha, da Prefeitura Municipal de Itabuna (1981); e Prêmio Sosígenes Costa da Prefeitura Municipal de Ilhéus (1981).
Poeta de reflexões existenciais, que constantemente indaga-se, questiona-se, numa linguagem repleta de sutilezas líricas. Inquieto, reafirma uma poética cuja temática indaga de forma intimista o viver, o morrer, a infância, a solidão e, ainda, sua relação com a realidade da sua terra, da cultura do cacau e do tempo que estabelece esta história que se escoa pelas frestas cotidianas. Sua poesia reside numa lírica lucidez, num abismo interior, entre a febre e insônia, expressa num processo criativo maduro e num estilo impecável.
Telmo Padilha faleceu no dia 16 de julhoTelmo Padilha nasceu em Itabuna, a 5 de maio de 1930. Foi jornalista e Membro da Academia de Letras de Ilhéus, por indicação de Adonias Filho. Publicou os seguintes livros: "Girassol do Espanto"(1956); "Ementário"(1974); "Onde tombam os pássaros"(1974); "Pássaro da Noite" (1977); "Canto Rouco"(1977); "O Rio"(1977); "Vôo Absoluto" (1977); "Poesia Encontrada"(1978); "Travessia"(1979); "Punhal no Escuro"(1980) e "Noite contra Noite" (1980), todos no melhor gênero da poesia. Muitas obras de sua autoria foram traduzidas para o italiano, o espanhol, o inglês, o francês, o alemão e o japonês. Fonte: http://www.itabuna-ba.com.br/telmo.htm
Destacou-se como poeta no cenário nacional e foi agraciado com muitos prêmios como "Melhores Livros", da Câmara municipal de Itabuna (1956); "1º Concurso de Poesia - A Tarde"; "Prêmio Nacional de Poesia do Instituto Nacional do Livro" (1975); Prêmio do Concurso Internacional de Poesia San Rocco, Itália (1976); 1º Prêmio do Concurso de Poesia Firmino Rocha, da Prefeitura Municipal de Itabuna (1981); e Prêmio Sosígenes Costa da Prefeitura Municipal de Ilhéus (1981).
Poeta de reflexões existenciais, que constantemente indaga-se, questiona-se, numa linguagem repleta de sutilezas líricas. Inquieto, reafirma uma poética cuja temática indaga de forma intimista o viver, o morrer, a infância, a solidão e, ainda, sua relação com a realidade da sua terra, da cultura do cacau e do tempo que estabelece esta história que se escoa pelas frestas cotidianas. Sua poesia reside numa lírica lucidez, num abismo interior, entre a febre e insônia, expressa num processo criativo maduro e num estilo impecável.
Telmo Padilha faleceu no dia 16 de julhoTelmo Padilha nasceu em Itabuna, a 5 de maio de 1930. Foi jornalista e Membro da Academia de Letras de Ilhéus, por indicação de Adonias Filho. Publicou os seguintes livros: "Girassol do Espanto"(1956); "Ementário"(1974); "Onde tombam os pássaros"(1974); "Pássaro da Noite" (1977); "Canto Rouco"(1977); "O Rio"(1977); "Vôo Absoluto" (1977); "Poesia Encontrada"(1978); "Travessia"(1979); "Punhal no Escuro"(1980) e "Noite contra Noite" (1980), todos no melhor gênero da poesia. Muitas obras de sua autoria foram traduzidas para o italiano, o espanhol, o inglês, o francês, o alemão e o japonês. Fonte: http://www.itabuna-ba.com.br/telmo.htm
O jornal ITABUNA – no seu Portal da Capital do Cacau prestou uma
homenagem ao poeta e publicou o poema em homenagem à cidade, que reproduzimos a
seguir:
ITABUNA
Se não há montanhas,
como escalá-las?
Se não há florestas,
Com embrenhar-me
em sombras
que não estas?
Se não há o mar,
como falar de águas
e horizontes?
Sou o cantor
desta planície
e me abismo
em mim,
e desço aos outros
de mim,
e sofro os outros
de mim.
Seleção de Walmir
Ayala
Poemas publicados
originalmente na
REVISTA DE CULTURA
BRASILEÑA
Junio 1975 N. 39
INFÂNCIA
fartura. Nem tanto
mais que uma fazenda
com seus
pastos, seus animais,
o engenho antigo,
o rio
correndo
entre pedras,
tímido sob
as grandes
árvores,
água.
A noite
desenhava
úmidas
assombrações.
O vento no
rosto
do menino
cavalgava
mais que
seu cavalo.
A vida
tinha seu cheiro
de
eternidade, exato
e puro.
A morte era
um fato
natural,
quase geométrico
na
ignorância da tarde.
RIMA
A palavra amor
já não rima com flor:
outra é sua correspondente
na escala do som,
na escala do ritmo.
Pode-se combiná-la
com calor, noutro plano;
ou com identidade,
aquela que mente
à outra verdade.
Com cal e giz
a escrevemos
no poema
antes que apague.
TEXTOS EN ESPAÑOL
RIMA
La palabra amor
ya no rima con flor:
es otra su correspondiente
en la escala del son,
en la escala del ritimo
puede combinarse
con calor, en otro sentido;
o con identidad,
aquella que miente
la otra verdad.
Con cal y tiza
la escribimos
en el poema
antes de que se apague.
INFANCIA
Hartura. No mas
que una hacienda
con sus pastos, sus animales,
la antigua factoría, el rio
corriendo entre las piedras,
tímido bajo los grandes
árboles,
agua.
La noche dibujaba
asombraciones húmedas.
El viento en el rostro
Del niño cabalgaba
más aún que su caballo.
La vida tênia olor
de eternidad, exacto
y puro.
La muerte era um hecho
natural, casi geométrico,
en la ignorância de la tarde.
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