O QUE É CULTURA?
O Que é Cultura e o seu significado? |
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Escrito por ifatola |
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CULTURA - É
o conjunto de atividades e modos de agir, costumes e instruções de um
povo. É o meio pelo qual o homem se adapta às condições de existência
transformando a realidade.
Cultura
é um processo em permanente evolução, diverso e rico. É o
desenvolvimento de um grupo social, uma nação, uma comunidade; fruto do
esforço coletivo pelo aprimoramento de valores espirituais e materiais. É
o conjunto de fenômenos materiais e ideológicos que caracterizam um
grupo étnico ou uma nação ( língua, costumes, rituais, culinária,
vestuário, religião, etc ), estando em permanente processo de mudança.
A Filosofia
espera contribuir para uma reflexão mais profunda sobre as questões
relativas ao tema e à partir desta, contribuir para a superação de
valores de herança colonial que entravam o desenvolvimento da sociedade.
AFRICANIDADES
é um tema que está em pauta para reflexão, em todas as esferas da
sociedade: educação, política, religião, economia ( nas leis sancionadas
no governo Lula, conquista dos movimentos negros nas políticas de Ação
Afirmativa, no processo de mudança social onde cada vez mais se torna
visível a questão da discriminação em contradição com a visibilidade das
potencialidades étnico-raciais e sociais em todos os níveis ( idade,
cor, religião, gênero, manifestação cultural, classe social, etc ).
Cada vez mais se exige o conhecimento da cultura africana sem o véu do folclore que minimiza sua importância junto ás matrizes indígenas e principalmente européia.
O
Brasil é considerado o mais africano entre os países americanos, pois
foi o principal receptor de escravos originários de África e,
atualmente, 45 por cento dos seus 180 milhões de habitantes são negros
ou mulatos.
"O Brasil não só é um país da diáspora africana, mas também um país africano, a segunda maior nação negra do mundo"
Se entendermos que cada grupo étnico possui sua forma de se expressar no mundo, ampliamos nossa compreensão de que há uma diversidade cultural que deve ser respeitada, senão compreendida. E o respeito compreende a liberdade de expressão.
A história ocidental nos deixou de herança o olhar etnocêntrico. Este olhar foi um dos fatores desencadeadores do fenômeno social da atitude preconceituosa e da discriminação.
No
séc. XXI, uma parcela da população em um processo que é natural de
mudança de mentalidade, se debruça sobre estes aspectos herdados com o
objetivo de superá-los. Nesta parcela estão artistas,
livres pensadores, educadores, governo e grupos sociais, editores de
jornais, livros e revistas, etc. Em todos os setores e
através de todos os meios de comunicação, o tema diversidade cultural
está sendo tratado de forma profunda, pois entendem que só assim, se
poderá avançar.
“Em
geral, o senso comum emprega as expressões ‘ter cultura’ e ‘não ter
cultura’ como sinônimos de culto e inculto, o que gera uma série de
distorções e preconceitos”.
No sentido Antropológico, não falamos em Cultura, no singular, mas em culturas,
no plural, pois a lei, os valores, as crenças, as práticas e
instituições variam de formação social para formação social. Além disso,
uma mesma sociedade, por ser temporal e histórica, passa por
transformações culturais amplas e, sob esse aspecto, Antropologia e
História se completam, ainda que os ritmos temporais das várias
sociedades não sejam os mesmos, algumas mudando mais lentamente e outras
mais rapidamente.
Se
reunirmos o sentido amplo e o sentido restrito, compreenderemos que a
Cultura é a maneira pela qual os humanos se humanizam por meio de
práticas que criam a existência social, econômica, política, religiosa,
intelectual e artística.
A
religião, a culinária, o vestuário, o mobiliário, as formas de
habitação, os hábitos à mesa, as cerimônias, o modo de relacionar-se com
os mais velhos e os mais jovens, com os animais e com a terra, os
utensílios, as técnicas, as instituições sociais (como a família) e
políticas (como o Estado), os costumes diante da morte, a guerra, o
trabalho, as ciências, a Filosofia, as artes, os jogos, as festas, os
tribunais, as relações amorosas, as diferenças sexuais e étnicas, tudo isso constitui a Cultura como invenção da relação com o Outro.
O Outro,
antes de tudo, é a Natureza. A naturalidade é o Outro da humanidade. A
seguir, os deuses, maiores do que os humanos, superiores e poderosos.
Depois, os outros humanos, os diferentes de nós mesmos: os estrangeiros,
os antepassados e os descendentes, os inimigos e os amigos, os homens
para as mulheres, as mulheres para os homens, os mais velhos para os
jovens, os mais jovens para os velhos, etc.
Em
sociedades como a nossa, divididas em classes sociais, o Outro é também
a outra classe social, diferente da nossa, de modo que a divisão social
coloca o Outro no interior da mesma sociedade e define relações de
conflito, exploração, opressão, luta. Entre os inúmeros resultados da
existência da alteridade (o ser, um Outro) no interior
da mesma sociedade, encontramos a divisão entre cultura de elite e
cultura popular, cultura erudita e cultura de massa.
DEFINIÇÕES A PARTIR DO ENTENDIMENTO DO QUE É CULTURA
DISCRIMINAÇÃO - Discriminar significa "fazer uma distinção". O significado mais comum, tem a ver com a discriminação sociológica: a discriminação social, racial, religiosa, sexual, étnica ou especista.
DIVERSIDADE - Movimento que vai na contra-corrente da monocultura ou cultura única.
‘A
diversidade é percebida, com freqüência, como uma disparidade, uma
variação, uma pluralidade, quer dizer, o contrário da uniformidade e da
homogeneidade. Em seu sentido primeiro e literal, a diversidade cultural
referia-se apenas e simplesmente, em conseqüência, à multiplicidade de
culturas ou de identidades culturais. Mas, nos dias de hoje, esta visão
está ultrapassada pois, para inúmeros especialistas, a «diversidade» não
se define tanto por oposição à «homogeneidade» quanto pela oposição à
«disparidade». Ela é sinônimo de diálogo e de valores compartilhados.’ Alain Kiyindou
“A
sociedade brasileira reflete, por sua própria formação histórica, o
pluralismo. Somos nacionalmente, hoje, uma síntese intercultural, não
apenas um mosaico de culturas. Nossa singularidade consiste em aceitar –
um pouco mais do que outros - a diversidade e transformá-la em algo
mais universal. Este é o verdadeiro perfil brasileiro… Sabemos,
portanto, por experiência própria, que o diálogo entre culturas supera –
no final – o relativismo cultural crasso e enriquece valores universais”.
ETNOCENTRISMO
é uma atitude na qual a visão ou avaliação de um grupo sempre estaria
sendo baseado nos valores adotados pelo seu grupo, como referência, como
padrão de valor. Trata-se de uma atitude discriminatória e preconceituosa. Basicamente, encontramos em tal posicionamento um grupo étnico sendo considerado como superior a outro.
Não
existem grupos superiores ou inferiores, mas grupos diferentes. Um
grupo pode ter menor ou maior desenvolvimento tecnológico se comparado
um ao outro, possivelmente, é mais adaptavel a determinados ambientes,
além de não possuir diversos problemas que esse grupo "superior" possui.
FOLCLORE - Gênero
de cultura de origem popular, constituído pelos costumes, lendas,
tradições e festas populares transmitidos por imitação e via oral de
geração em geração. "Folclore é tradição! Passado e presente! É cultura
embasada nos usos e costumes de uma Nação!Todos os povos possuem suas
tradições,crendios e supertições,que transmitem atrvés de lendas
,contos, proverbios e canções ".
PRECONCEITO - É
uma atitute discriminatória que baseia conhecimentos surgidos em
determinado momento como se revelassem verdades sobre pessoas ou lugares
determinados. Costuma indicar desconhecimento pejorativo de alguém, ao
que lhe é diferente. As formas mais comuns de preconceito são o social,
racial e sexual.
RELATIVISMO CULTURAL - é
uma ideologia politico-social que defende a validade e a riqueza de
qualquer sistema cultural e nega qualquer valorização moral e ética dos
mesmo.
O
relativismo cultural defende que o bem e o mal são relativos a cada
cultura. O "bem" coincide com o que é "socialmente aprovado" numa dada
cultura. Os princípios morais descrevem convenções sociais e devem ser
baseados nas normas da nossa sociedade. Harry Gensler
Ex: Na cultura européia-ocidental, o ato de comer é feito com garfo, faca e colher. Excetuando-se os cerimoniais, não há ordem estabelecida para sentar na mesa. Na China o costume é comer sentado. No interior do nordeste é costume comer utilizando-se os dedos. Junta-se um punhado de comida, em geral com farinha e com os dedos leva-a à boca. Hábitos diferentes que naturais em seus contextos, podem ser mal interpretados fora deles. Assim,
comer com a mão pode ser uma falta de educação, comer com colher pode
ser coisa de pobre ou comer com garfo e faca ou palitos pode parecer
estranho a quem não tem este hábito.
Fonte - Sonia Jobim - 2006
Texto Adaptado por Ifatolà
Portal Orixás - Cultura Africa Brasil
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