O Conselho de Cultura
Às vezes ficamos do lado da máxima do ex-prefeito Fernando
Gomes quando disse, um dia, a um grupo
de artistas locais, que “Cultura é frescura”. Temos certeza que não é! Mas, em
Itabuna tem decisões que parece que é!

A partir daí, com outras diretorias já sem a participação de seus fundadores, o Conselho ficou à deriva, bem próximo da completa extinção! De lá para cá, aconteceram eventos culturais em Itabuna “do arco da velha”, e ficou mesmo uma cultura de frescura.
Apesar da luta pela sua reativação, através do Clube do Poeta Sul da Bahia, única
entidade cultural, desta cidade, de fato e de direito, reconhecida como de Utilidade
Pública Municipal, pela Câmara de Vereadores, esta entidade, ao logo de fundação,
nunca foi convidada a participar dos eventos culturais locais do município.
Agora duas entidades a ACATE e a AGRAL promovem, dia 19,
próxima, um Seminário para a fundação do Conselho, na Sala Zélia Lessa, quando na verdade será uma
refundação. Na certa, não querem ressuscitar um defunto, daí ao convite para a “fundação”.
Ao que parece, os organizadores esperam obter recursos,
através do Governo Estadual e Federal, para a implantação de uma nova política
cultural, adequando-se as normas atuais. Até ai, tudo bem. Esperamos, contudo, que
esses recursos realmente venham atender aos anseios da carência cultural de
Itabuna.
A Cultura deve ser realizada em cima do resgate dos nossos
costumes, tradições e história contemporânea. Vamos, por exemplo, preservar
nomes como os de: José Dantas de Andrade (Dantinhas), Flávio Simões Costa e
Adelino Kfoury Silveira, para darmos continuidade à obra desses nossos
historiadores, e também realizar um trabalho especial voltado para os nossos novos
escritores, poetas e atores, para fazer jus a que disse um dia Caetano Veloso,
em entrevista ao Jornal do Brasil, considerando a região sul da Bahia berço
emergente da cultura brasileira.
Enfim, é desejar sucesso a essa nova iniciativa.
Joselito dos Reis
Poeta e jornalista
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