DOIS POEMAS DE JOSELITO DOS REIS
NATAL!
A cada dia que passa aumenta
em mim a tristeza
Sinto que os sentimentos estão
inda com o vento
Sem perdão e lamento! O homem
“cego” no tempo
Prisioneiro da tecnologia, e
da ambição sem solução!
Provocam a miséria, surgem os
bolsões de pobreza.
Barracões de papelão nas
favelas e abrigos da vida
Destituídos sonham com um
presente de Papai Noel!
As noites, lá fora cheias de
luzes multicolores. É Natal!
Mansões, palácios e extensas
avenidas coloridas...
É Natal da cristandade! É
Natal do comércio, do egoísmo!
Do dinheiro, do preconceito,
da maldade, Deus ausente!
Mas, nas favelas e nos
abrigos, crianças choram a fome...
Chora o reflexo da ausência da
ceia e do pão, ilusão!
Tragados pelo egoísmo dos donos
anormais do mundo!
Que não sabem o significado
do nascimento de Jesus
No entanto na ceia dos esquecidos
de mesa vazia e fria.
O Menino Jesus está presente!
Os anjos saúdam... Em coro
A sinfonia da presença absoluta
de Deus, presente!
Amparando as lágrimas de dor,
do não ter e do sofrer.
Ao vermelho do sangue de
Jesus, derramado na Cruz.
Joselito dos Reis
22.12.14
REPÚDIO DE UM POETA
Sei que os hipócritas me
rodeiam
Mas os recebe com um sorriso
falso
Levado pela dor que devora
O meu coração numa invertida
emoção...
Do perceber de minha alma
aflita...
Ferida pelo repúdio, vômito-os!
Jogando-os na essência da dor
Do sangue em terra, em pedra,
sem vida!
Do purgatório escarnecedor do
amanhã
No inferno opaco, insosso dos
energúmenos.
Sem o cantar dos pássaros e
dos anjos da morte.
Joselito dos Reis
16.12.2014
reislito@hotmail.com
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