"Pescaria do Tubarão": poesia de Joselito dos Reis

Lembando de nossa infância resolvemos escrever esses versos! Pescávamos no Rio Cachoeira (Poço Tubarão), repleto de cardumes diversos. O que nos fazia degustar  uma deliciosa muqueca! Os peixes eram muitos, na água cristalina do nosso Cachoeira. Hoje Rio Poluído de uma unica espécie: "O Bagre Africano!". 

Pescaria do Tubarão.
                                                                              Ao Rio Cachoeira
Anzol, linha arremessada.
Na água cristalina
Do meu rio; de menino e menina
sem "bagre africano"...
Piabinha, massabê, piabanha
Tucunaré, beré, aratanha...
Moreia, robalo, calambau...
Pitu, traíra, jundiá. e pratibu...
O anzol de novo vou jogar!
Cesto, enfieira de “junsa” cheios!
-(Mato da beira do rio!)
Dos meus olhos a brilhar...
Muitos peixes... Pra lá, pra cá...
No meu poço “tubarão” a pescar...
Peixes a fisgar!
Que saudade, que saudade...
Da minha infância querida
E da minha “mutucugê”
Do meu poço tubarão...
E do meu Rio Cachoeira
- Aonde está você?
Aqui, agora, a chorar.
Vendo o vento as ondinhas
Do meu rio bailar
De água poluída pelo vento a soprar
Sem minha imagem enxergar...
Aonde chegar...?
Estamos perdendo o rumo do mar!
Do viver, sonhar...
As minhas lágrimas pra onde
vou levar...

Joselito dos Reis
29.11.2016
reislito@gmail.com
Zap 73 991743489

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