Reconhecimento de Helô Sampaio

Reconhecimento de Helô Sampaio aos valores de sua terra natal!

Helô

Experimente um "beijo de velha bonita" (é bom demais!)

Emocionada, orgulhosa, agradecida. É muito adjetivo para começarmos a nossa conversa, não é, lindinho? Mas é assim que me sinto neste momento que falo com você, aqui, de Itabuna, recém chegada de Ibicaraí, onde o meu pai foi homenageado com inauguração de busto e a requalificação da praça que leva o seu nome. Não é maravilhoso para filhos verem os pais reverenciados pela comunidade que demonstra o maior respeito e bem querer por ele?
Meu pai formou em Medicina e logo foi para Palestina, então distrito de Itabuna onde, pouco depois da chegada, conheceu uma linda moça, Nieta, filha de italianos, casou-se com ela e nasceram cinco maravilhosos pimpolhos, sendo a mais bela e encantadora essa que vos fala, he-he.
Com a vida dedicada ao trato dos necessitados, meu velho, que era conhecido como ‘pai dos pobres’, nos criou com amor a terra e respeito ao povo, sentimentos que buscamos manter até hoje. Por isso foi muito especial para nós essa homenagem que a cidade lhe prestou, através do jovem prefeito, Lula Brandão, trinta e quatro anos após a sua morte.
Prefeito jovem, simpático e sorridente, que tive a honra de conhecer durante o evento. E que logo ficamos amigos e trançamos no papo, quando lhe disse que achei que faz uma excelente administração, pois a cidade está bem tratada, limpinha e o povo fala bem dele. Conheci seu pai, o pastor Bráulio, grande cidadão, que ajudou muito a comunidade e deve estar orgulhoso do filho.
Esta alegria, de estar na cidade com os velhos amigos; de conversar com Boró sobre as histórias da cidade, os casos engraçados e as figuras ilustres do nosso povo; de rever meus primeiros aluninhos, (comecei no ofício quando tinha apenas 20 anos); e ter a família quase inteira reunida (até Paulo veio de São Paulo só para o evento) ... não tem preço. Valeu a pena poder viver este momento.
Mas as emoções não pararam por aí. O meu querido colega, jornalista Joselito dos Reis, também ibicaraíense, que foi diretor do Sindicato dos Jornalistas comigo, lançou o seu livro Grito sem Eco, uma coletânea de poemas ‘pé no chão’, que gostei muito. Vejam um exemplo deste que leva o título de Menino Travesso:
Oh! Menino de rua/ Que sina essa sua!/ O que faz e fez para viver assim?/ Mendigando, chorando, rastejando/ E, ás vezes, roubando.../ E em cada porta de lar a implorar/ A apelar por uma migalha de pão/ Mas só encontra o desprezo e o repúdio/ Em cada olhar, gesto e falar/ Mesmo assim, vives por viver/ Esperando um novo amanhecer/ E a retribuição do sofrer no amor/ E nas lágrimas que derramou.
Estão vendo logo que Ibicaraí tem muitos gênios, não é? E dia 25 de novembro vai acontecer, em Salvador – e eu vou estar presente - o VIII Encontro dos Filhos e Amigos de Ibicaraí, evento que foi idealizado inicialmente por Narriman Oliveira, que deve estar feliz, lá do céu, vendo que sua idéia é realizada até hoje. Será no Cubanakan, antigo Bambara, no Jardim de Alá, a partir das 11 horas. As sumidades da terrinha estarão todas lá.
E estes eventos todos são ‘coroados’ com delicias preparadas por Inezita, minha amiga bonita do Salobrinho, que conseguiu o livro Fogão de Lenha, com receitas da mãe de Frei Beto, Maria Stella Libanio Christo, mineira da gema, que sabe cuidar das coisas saborosas. Provem este Beijo de Velha Bonita, receita de d. Stella. E tire esse sorrisinho safado da cara que você não está vendo velha bonita. Está vendo mulher bonita e gostosa, que nem o biscoitinho.
Beijo de Velha Bonita, de Stella Libanio
Ingredientes
-- 400g de açúcar
-- 3 claras batidas
-- 1 colher (sopa) de farinha de trigo
-- 6 gemas
-- 2 vidros de leite de coco
-- 100g de manteiga
Modo de preparar                                                                                   
-- Fazer uma calda em ponto de fio com o açúcar e o leite de coco. Deixar esfriar e juntar os demais ingredientes.
-- Assar em forminhas untadas. Depois de frios tirar das forminhas com cuidado, pois são muito delicados.
Saborear com o mesmo gosto com que eu, Julia e Ana, minha irmã fizemos: lambendo os dedos, sem cerimônia.

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