TRÊS POEMAS RECENTES DE JOSELITO DOS REIS
PROTESTO
Sou o destino!
Sou o tempo!
Sou o vento !
Não tenho projetos
Procuro a paz, o silencio
O direito de viver; sou protesto!
Vivo na lama da enganação
Vivo no drama da
desonestidade
Vivo no pesadelo do medo do
tempo
Roubaram minha paz
Escravizaram a minha alegria
Exterminaram a honradez e a sensibilidade
Tudo mudou... Podaram de mim,
meus sonhos.
Mas, não conseguiram apagar meus
pensamentos.
20.06.13
POETA...
Não tenho teto
Sou levado pelo vento...
Exposto ao tempo...
Nem tão pouco
Terra registrada...
Não comungo com divisas
E nem fronteiras!
E da concentração “do ter”
Vivo o sofrimento dos
desiguais
dos excluídos.
Vivo sustentado pela força
Do apelo dos animais;
Na beleza e sinfonia
Do cantar dos pássaros;
Na sensibilidade do perfume
Das flores perdidas no campo...
Enfim, vivo do encanto das
cachoeiras
Dos rios e mares;
Do brilho do Sol
Das estrelas
E da Lua...
Além do oxigênio
Que a natureza nos dá!
Sonho com a imensidão
Do infinito azul do espaço...
Vêm os pensamentos, provocam-me a tristeza...
Sou matéria, sou alma, sou espírito
Por isso nesse labirinto eu grito:
- Preguem a paz!
Sou o dito pelo não dito
Sou ímpar e o estranho
Não sou o santo, sou a oração
Carrego comigo a lembranças dos ex-amores
O temor do mundo, de suas dores
Sou o próprio universo, sou único, sou verso
Sou poeta!
30.06.2013
ANIVERSÁRIO DE MINHA CIDADE
Hoje minha cidade faz mais um
aniversário
Seu povo comemora alegre, oprimido
ou triste...
As obras focadas no asfalto,
solo e cimento
Não inauguram escolas, mas
inauguram prisão
Ignoram o lazer, plano de saúde ao cidadão...
- Deslumbramento de um futuro
utópico!
Como sofre! O povo e o rio da minha cidade;
Nosso rio Cachoeira, da nossa
infância querida
Transformaram-no em um
deserto de podridão
Corredor de dejetos dos
restos de uma sociedade fria...
Ah! Cidade, de minha infância
sofrida e querida onde estão?
O respeito do cidadão para
com o cidadão; à vida ?
A honestidade dos poderes
governantes; homens público?
O cantar dos pássaros em
nossas lindas praças; sem graças?
O sorriso dos jovens nelas a
paquerar, a brincar a sonhar?...
Firmino Rocha, quero lhe dizer,
aqui, como lá!...
no Vietnã, não deram um fuzil ao menino
Deram o fuzil a milhões de meninos que matam,
matam sem solução... Adeus ribeirinho dourados!
Adeus tranças de Maria! nunca, jamais...
01.07.2013
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