DOIS POEMAS RECENTES DE JOSELITO DOS REIS

DESPEDIDA...
                                               (Ao meu amigo Chico Morais, in-memoriam)

Naquela manha de mais uma quente quinta-feira!
O sol estava radiante, brilhante nos céus do infinito...
Entristecido, derramei uma lagrima em silencio!
E meu ser chorou mil vezes no abstrato da razão
Era mais um amigo, uma despedida ao desconhecido...
Deixando a saudade da soma da solidão a eternidade...

Sob a sombra de um Jacarandá Branco do Grapiúna
Centenas de pessoas, e um bem-te-vi a cantar.
Não era mais uma festa, mais um baile no salão.
De casais enamorando a alegria de uma ilusão...
Era um corpo de um grande ser humano estendido!
Na horizontal, adorado no silencio da tristeza vil

Os bailes para ele criados, não voltam mais...
Foram com ele, assim como, os pecados em Abril
Com certeza, a serem por Deus perdoados...
Mas, honradamente na Terra plantou a esperança
Das juras de carinho e de amor que ficaram para trás
E fincando uma flor sua marca se eternizou.

Joselito dos Reis
07.04.2016


FRUTOS DE OURO NUNCA MAIS...

(Deram um fuzil ao menino!).

Minha cidade cidadã, não! Cidadão não!
Seu povo lamenta, sofre e chora a saudade...
Epidemias diversas à vista. Desgraça presente!

Minha cidade carros estacionados nos passeios
Povo à revelia de volta às calçadas, vida à risco!
Falta fiscalização, governo...! Falta ação!

Minha cidade da população de olhar triste!...
Sem esperança! Falta humanização! Falta água!
Seus jardins, suas praças, ruas e avenidas sem vida.

Minha cidade sem saneamento, de rio morto!
Adeus cacau, frutos de ouro! Adeus CNPC! Adeus Ceplac!
Tempos bicudos, sem amores, sem flores...

Com licença Firmino Rocha:
Conseguiram eliminar Itabuna!
“Adeus luares de Maio! Adeus tranças de Maria!”
Deram um Fuzil ao acaso!

 Joselito dos Reis
08.04.16
 


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