Faeg vence edital para semear cultura pelo sul da Bahia

Eva Lima
Lançar uma semente de cultura em cada cidade, para que os moradores acreditem no próprio
potencial e, simplesmente, manifestem-se conforme seu talento. Basicamente, é o que faz, desde 2009 de forma voluntária, o Faeg (Fórum de Agentes Empreendedores Gestores Culturais) Litoral Sul, presidido por Victor Aziz. Agora, a proposta de institucionalizar a iniciativa foi aprovada pela Secretaria de Cultura da Bahia.
O edital setorial, entre os 23 selecionados (de 2.690 avaliados em todo o estado) para ser executados ao longo de 10 meses em 2017, teve como proponente a atriz Eva Lima, diretora de Comunicação do Faeg. Junto com ela, elaboraram o projeto a secretária do Fórum, Cristiane Santana, e a fundadora e vice-presidente Áurea de Souza.

Num cronograma a ser definido a partir de janeiro, o Faeg viajará por cidades do litoral sul da Bahia. Conforme o projeto, foram escolhidos 10 municípios: Almadina, Itapé, Itaju do Colônia, Jussari, Mascote, Maraú etc. Em cada mês, uma incursão. Pela manhã, discussões para compartilhar a experiência do grupo e estimular as ações culturais locais. À tarde, oficinas de audiovisual, contação de histórias, elaboração de projetos, literatura, música e teatro, entre outras.
Cada comunidade vai aprender a fazer e exibir o que aprendeu ao final do encontro. “Vamos num primeiro momento pro campo, fazer uma pré-produção, e deixaremos um articulador no local, remunerado; os oficineiros também serão remunerados em sua área de atuação”, informou Eva, acrescentando que a equipe técnica será, prioritariamente, formada por pessoas que já participam do Faeg. Foi disponibilizado um total de aproximadamente R$ 60 mil para a execução da proposta.
Mesmo com 30 anos de experiência como atriz e produtora, Eva Lima ainda não tinha se inscrito em um edital na Secretaria de Cultura. “Foi uma bênção enorme o projeto ser aprovado; não tem preço. Em todas as cidades por onde passamos, os secretários tiram o chapéu, porque deixamos uma semente. A responsabilidade triplica, porque o trabalho do Faeg, enquanto voluntário, agora toma um corpo remunerado; porque profissional já era”, observou.

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