DO POETA VALTER MORAES
NÃO DESTRUAM O TEATRO ZÉLIA LESSA
Eles chegam à calada da noite como
vampiros,
E destrói a história,
Construído com o suor dos que
lutam
Para a formação da liberdade
cultural do nosso povo.
Exterminam índios, negros,
brancos, consciências, arquiteturas físicas e psíquicas,
Tornando pobre o que antes era
rico.
Marginaliza a arte,
insensibiliza a essência do homem,
Transformando a vida em um mero
acordar e dormir,
Sem brados, sem direitos,
Sem sonhos de liberdade,
Da possibilidade de pensar,
Destruindo a beleza estética da
natureza transformadora.
Onde eles pensam que irão
esconder os poetas,
A poesia parida da sensibilidade
cultural,
Onde eles pensam que irão
esconder a arte,
A dança, a representação
exibidas nos palcos sagrados,
Das vozes que expressam o
encanto de amar a vida,
No ato crescente da realidade
humana,
Na força que explode do peito da
luta cotidiana,
E faz da arte, a sua bandeira.
Eles não conseguirão, porque o
teatro está no âmago da arte,
Está na alma do artista, porque
arte é povo,
É ato e potencia explodindo
eternamente do coração.
Itabuna, 09 de junho de 2011.
Valter é também sindicalista e sócio do Clube do Poeta Sul da Bahia
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